quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Amazônia e o novo presidente

*Vai ter guerra na Amazônia*

Claudio Angelo

No fim do ano passado tive o privilégio duvidoso de passar quase 20 dias viajando pela Amazônia. Desci a BR-163 de Santarém até Castelo dos Sonhos, no Pará, e na volta percorri a Transamazônica de Itaituba, a capital brasileira do ouro ilegal, até Altamira. Estava acompanhado de Tasso Azevedo, um dos arquitetos das políticas que levaram à queda do desmatamento entre 2005 e 2012 e, em alguns trechos, da jornalista Giovana Girardi, que cobre meio ambiente há mais tempo do que ela gosta de admitir.

Em todos os lugares, mas especialmente no sul do Pará, me senti no famigerado putsch de 7 de setembro na Esplanada. Em Novo Progresso, cidade que come, bebe e respira crime ambiental, era difícil encontrar um estabelecimento comercial ou uma porteira de fazenda sem uma bandeira do Brasil na fachada. Adesivos do “mito” adornavam carros. Uma loja de caça e pesca exibia orgulhosa banners de “não é pelas armas, é pela liberdade”. Para andar sozinho sem despertar suspeitas, colei um adesivo de “Bozo 2022” na mochila, mas na porta do hotel Tasso logo me avisou da futilidade do esforço: “Você é a única pessoa de máscara na cidade, todo mundo vai saber que você é de fora”.

Novo Progresso está vivendo seu grande momento. Em seus restaurantes lotados, onde uma pizza é vendida a 130 reais, em suas concessionárias de pás carregadeiras e lojas de motosserras, em seus silos e frigoríficos, tudo recende a um lugar onde está correndo dinheiro. Dinheiro de garimpo clandestino, de venda de terra grilada, de gado criado dentro de uma área protegida vizinha à cidade, de soja colhida onde antes era o gado e antes do gado era o grilo e antes do grilo era a mata. Novo Progresso e as vizinhas Castelo dos Sonhos (um distrito de Altamira), Trairão e Itaituba reelegerão Jair Messias Bolsonaro por larga margem em outubro deste ano.

Bolsonaro deu a essas e outras cidades amazônicas exatamente o que prometera na campanha e o que elas sempre desejaram: liberdade total. Seu governo arrancou o superego do chamado “setor produtivo” ao assegurar que o Estado, na forma do Ibama, da Polícia Federal, da Agência Nacional de Mineração e outras, não mais perturbaria o trabalho honesto e suado dessas pessoas de bem. Em janeiro deste ano, gabou-se do serviço bem feito ao dizer que “reduzimos em 80% (sic) as multagens (sic)” no campo. 

Embora a redução não tenha sido de 80% (por que Bolsonaro não mentiria sobre isso também?), todos os indicadores de desempenho do Ibama em sua gestão, ano após ano, são os piores das últimas duas décadas. O governo disponibiliza dinheiro para a fiscalização ambiental como um decoy. Enquanto a imprensa e John Kerry perseguem o fetiche dos recursos, o governo os disponibiliza, mas garante que eles não servirão para nada. O homem amazônico da fronteira ganhou segurança para fazer o que faz de melhor desde a década de 1970: privatizar terras públicas, incorporando sua madeira, os nutrientes de seu solo e seus minérios.

À primeira vista, Novo Progresso é a própria realização da visão de Paulo Guedes de um mundo onde o setor privado opera sem travas, sem regulações e sem o dedo do Estado. Quem chegar primeiro leva, escolhe-se entre ter emprego e ter direitos e frequentemente “meritocracia” se mede pela quantidade de balas no revólver. O problema é que, como toda utopia anarcocapitalista, essa também tem muito de “anarco” e pouco de “capitalista”. A economia da fronteira amazônica só prospera porque é enormemente subsidiada. A terra é de graça; os nutrientes do capim que engorda o boi são de graça; e os efeitos climáticos do desmatamento, a mãe de todas as falhas de mercado, não são abatidos do preço da arroba de carne nem da saca de soja. A conta quem paga é você a cada enchente em Itabuna, cada deslizamento em Franco da Rocha e cada seca que esgota a energia das hidrelétricas do Centro-Sul. Para os homens (porque são quase sempre homens) de bem da Amazônia, the mamata never ends. E a teta nunca foi tão generosa quanto na era Bolsonaro. E é por isso que em 2023, não se engane, a floresta vai entrar em guerra.

Com a possibilidade felizmente cada vez mais plausível de o facínora perder a eleição, o próximo presidente vai precisar fazer uma escolha muito difícil sobre a Amazônia. Pode deixar tudo como está, com a economia de metade do território entregue ao crime organizado. Ou pode intervir. E aí o bicho vai pegar.

Porque qualquer intervenção que se faça para conter o ecocídio e o etnocídio em curso na Amazônia necessariamente terá de envolver a volta do Estado por meio de ações pesadas de comando e controle. As grandes investigações do Ibama e da PF, com prisões de funcionários públicos, apreensão de gado, embargo de fazenda de deputado e queima de equipamento de amigo de senador, terão de voltar a ser rotina. O finado Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, que vigorou de 2004 a 2019, vai ter de fazer um retorno triunfal. E o “setor produtivo” vai precisar voltar a ter medo de satélite.

Se o eleito for Luiz Inácio Lula da Silva, essa responsabilidade será redobrada. Em seu governo começaram a ser adotadas as medidas que levaram à queda do desmatamento (que ele próprio passou a torpedear depois, mas essa é outra história). Lula, que andou visitando os chefes de governo climaticamente conscienciosos da Europa, sabe que um choque de gestão ambiental com drástica redução do desmatamento é a primeira medida a ser adotada para que o Brasil seja novamente aceito à mesa da comunidade internacional.  

Nada disso vai acontecer com o Exército gastando meio bilhão de reais para distribuir panfletos educativos aos bandidos ou com o governo pedindo moderação à turma da motosserra. Há três anos eles estão com a chave da adega e um passe livre no Bahamas; não serão simplesmente persuadidos a ficar sóbrios e castos só porque o filme do Brasil está queimado e o planeta está tostando. Haverá, anote, bloqueios de rodovia, passeatas, atentados a escritórios do Ibama, veículos queimados, agentes alvejados. O helicóptero do órgão ambiental incendiado dentro de um aeroclube em Manaus em janeiro foi só um aperitivo do que vem por aí. Para citar apenas um exemplo, há um CAC (clube de atiradores, esse instrumento da milicianização oficial do país) sendo construído no meio do nada numa fazenda em Castelo dos Sonhos a 40 quilômetros de uma terra indígena. Ninguém faz uma coisa dessas num lugar desses para treinar atletas para a Olimpíada de Paris.

Haverá pressão total de prefeitos e parlamentares locais sobre governadores recém-eleitos e do Centrão sobre o Planalto para um enorme “deixa disso”, um acordo “com Supremo, com tudo” para mudar a legislação ambiental e “pacificar de vez” o campo. Foi esse o papo usado em 2010 para mudar o Código Florestal, em 2012, o que não apenas não pacificou coisa alguma como pôs fim ao ciclo virtuoso de queda na devastação da Amazônia.

O próximo ocupante do Palácio do Planalto terá de chegar a Brasília em janeiro com tampões no ouvido e amarrado ao mastro para não sucumbir ao canto de sereia da flexibilização das leis. Ao mesmo tempo, terá de estar preparado para uma reação violenta de patriotas armados a qualquer plano sistemático para reduzir as taxas de desmatamento. Bolsonaro pode até ir embora, mas o bolsonarismo criou raízes na floresta e não vai largar o osso fácil. Dois mil e vinte e três será um ano tenso, ruidoso e possivelmente sangrento na Amazônia.

*Claudio Angelo* nasceu em Salvador, em 1975. Foi editor de ciência do jornal Folha de S.Paulo de 2004 a 2010 e colaborou em publicações como Nature, Scientific American e Época. Foi bolsista Knight de jornalismo científico no MIT, nos Estados Unidos. Lançou, em 2016, pela Companhia das Letras o livro A espiral da morte, sobre os efeitos do aquecimento global, ganhador do Prêmio Jabuti na categoria Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemática.

Link: 
https://www.blogdacompanhia.com.br/conteudos/visualizar/Vai-ter-guerra-na-Amazonia

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Câmara dos deputados federais eleições 2021

#NadaMudaSeNadaMudar


#MorteAosPoliticosCorruptosDoBrasil


 Baleia Rossi será o candidato do PT a presidente da Câmara - por Ricardo Noblat

Eleição será marcada por traições
2021 começará mal para o presidente Jair Bolsonaro caso o PT, logo mais à tarde, confirme seu apoio a Baleia Rossi (MDB-SP), candidato a suceder Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados a partir de 1º de fevereiro próximo.
Restará a Arthur Lira (PP-AL), candidato de Bolsonaro, apostar em traições a Rossi, o que sempre será possível. Para eleger o presidente em primeiro turno são necessários 257 votos de um total de 513. O voto é secreto.
Com a adesão do PT, o grupo comandado por Maia reúne 11 partidos – PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PC do B e Rede. Juntos, eles somam 269 votos. Ao grupo ainda poderão se juntar o NOVO e o PSOL.
Lira conta com o apoio do PP, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, PTB, Pros, PSC, Avante e Patriota que, juntos, somam 204 votos. Ou seja: 65 votos a menos do que tem hoje o grupo de Maia. O Podemos (10 deputados) deverá aderir a Lira.
A bancada de deputados federais do PT se reunirá a partir das 15 horas em sessão virtual. Lula está em Havana para as filmagens de um documentário sobre sua trajetória política, mas se pôs de acordo com a decisão que será anunciada.
Tão logo seja, Rossi entrará em cena para agradecer o apoio e reafirmar o compromisso assumido de ceder ao PT uma vaga na direção da Câmara caso se eleja. O cargo cobiçado pelo PT é o de Secretário-Geral, o segundo mais importante.
Lira dará início nesta semana a uma maratona de viagens pelos Estados atrás de votos dissidentes. O governo tem jogado pesado para elegê-lo, mas ainda dispõem de muito para oferecer a quem se dispuser a votar em Lira.
O cargo de presidente da Câmara é vital para Bolsonaro, candidato à reeleição no ano que vem. O presidente da Câmara tem o poder de pôr em votação no plenário o que quiser e de retardar votações que não interessem ao governo.
Solitariamente, é ele que aceita a abertura de processo de impeachment contra o presidente da República. E é isso o que Bolsonaro mais teme. Cobiçar votos de traidores implica em pagar mais caro por eles, o que costuma desagradar os demais.

Noblat

#TudoMudaOtempoTodo

sexta-feira, 17 de julho de 2020

o abismo das eleições 2020

A ESQUERDA CAMINHA PARA O PRECIPÍCIO


Ricardo Cappelli


“Quando você olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você”. Nietzsche


Faltando poucos meses para as eleições municipais, o cenário é desolador para o campo progressista. 


É absolutamente realista considerar a hipótese de que PT, PDT, PSB, PCdoB e PSOL não elejam nenhum prefeito nas capitais. É possivel vitórias em apenas duas ou três. Será motivo de grande comemoração.


No Sudeste, a esquerda pode não ir sequer ao segundo turno. No Sul, a única chance está em Porto Alegre. No Centro-Oeste, só uma “zebra”. No Norte, parece que só Belém ainda “respira”. No Nordeste, personagens de centro-direita ou bolsonaristas lideram as pesquisas em boa parte das capitais.


Perdida, dividida e envolvida numa guerra sangrenta pela hegemonia do campo, a esquerda parece não ter compreendido – ou se recusa a aceitar – o recado das urnas em 2018. 


O eixo da política nacional foi empurrado para a extrema-direita, alterando o posicionamento de todas as peças no tabuleiro. De lá pra cá, o cenário mudou pouco.


Bolsonaro perdeu parte da classe média com sua postura diante da pandemia, mas tudo indica que trocou de base através do auxílio emergencial. Se vai durar ou não, ainda é uma incógnita.


Já passamos de 70 mil óbitos, alguém mais o deixará em função das mortes? A classe média que abandonou o barco vai pra onde? Marcha com Moro ou volta para os “vermelhos”?


Claro que o desempenho da economia sempre pode desestabilizar o governo. Neste setor, os resultados de 2021 e 2022 serão piores ou melhores do que o desastre de 2020?


O capitão está reorganizando o seu governo. Trocou seus líderes na Câmara. Avançou no acordo com o Centrão. Está tentando estabilizar sua relação com o STF. Conseguiu calar por 20 dias seu principal opositor: ele mesmo. Arrefeceu a agenda ideológica e deu novamente centralidade à pauta econômica. 


Não existe oposição com uma estratégia definida. Ainda estamos na fase de acordos pontuais em torno de questões específicas, importantes, mas insuficientes.


Com o risco de impeachment cada vez mais distante, quem será o principal adversário do capitão em 2022? A oposição liberal seguirá dividida entre Moro, Doria, Huck, Mandetta e outros? A convergência destes atores pode colocá-los no segundo turno contra o presidente? 


A ressaca das eleições municipais será dura e educativa. Só uma reviravolta improvável, com a unificação das candidaturas progressistas, poderia mudar este quadro. 


Tragédias têm o poder de provocar profundas reflexões. Costumam promover mudanças drásticas nas formas de ver e compreender o mundo. 


Pelo amor ou pela dor, sua excelência, a realidade, sempre acaba se impondo. Nestas horas, nada fala mais alto que o instinto de sobrevivência. Ele vai gritar em 2021.


Comentarios 

de, Joaniro Amancio Pereira.


Acho que estas eleições serão decididas voto a voto, pq é a primeira eleição sem coligação, os partidos grandes nunca lançaram Chapa pura, e fica a pergunta é bom ganhar prefeituras depois do estrago feito pelo corona vírus? Nas eleições passadas todos acharam que o PT acabaria ou na melhor das hipóteses para os petistas diminuiria pela metade, e o que aconteceu o estrago a diminuição foi para o PSDB, como tenho aprendido nas aulas, onde meus professores, (Dilma, Manuela, Jean, Lindenberg, Mercadante), entre outros mostram que Bolsonaro Trump e outros se aproveitaram criaram uma estratégia e chegaram onde estão e eles mostram nas aulas como devemos combater está estratégia, e analisando o texto e as aulas, estamos muito bem, porque dependemos única e exclusivamente do nosso trabalho de empenharmos, de nos unirmos mesmo separados (Esquerda). Pois a direita também está brigando entre si. Então o que vejo é que todos estamos na beira do precipício, esquerda, direita, extrema direita etc. Alguns cairão outros serão jogados, outros pularam no precipício. Precisamos de: estratégia, empenho, trabalho, união, trabalho. Um ponto forte nisso é não cair na armadilha, o que a direita quer hoje? Ser atacada agredida, e caímos nessa armadilha algumas vezes, mas eles sentiram que já percebemos a armadilha. ( Quando Bolsonaro saiu às ruas de Brasília esperando pela nossa agressão e isso não aconteceu, voltou correndo pra alvorada, quando em vez de agredir gritamos" vai trabalhar vagabundo" em pleno horário de expediente e a pandemia 69mil mortos o malandro indo passear fazer campanha nas ruas comendo pastelzinho. O foco agora é fortalecer nossas bases dar inverter a pirâmide, (pirâmide, povo/eleitor, filiados, membros dos DZ, diretoria dos DZ, Diretorio municipal, Diretório Estadual, Diretório nacional, Legislativo Vereadores/deputados, senadores, executivo prefeitos/governadores.) Temos que dar munição para a base desta pirâmide invertendo ela, pois é do povo eleitor que precisamos, a pandemia está mostrando são enfermeiros e auxiliar técnico que combatem este mal covid 19, então se fizermos isso com toda certeza estaremos nos afastando do abismo, e jogando a direita e vendo eles pularem nele. Agora isso é o que eu vejo o que eu acho o que eu penso. Quem sabe o que acha e como pensa nossos líderes? Quem pensar em si e nos seus como Bolsonaro precisa de uma senhora estratégia pra sobreviver. #MorteAosPoliticosCorruptosDoBrasil #QueCoisaNão #ÉissoFaleiFoiDitoEstaFalado. Joaniro Amancio Pereira (Amancio) conselheiro participativo Perus anhanguera, integrante e coordenador do GRUPO POVO DE LUTAS Representante da vila inacio e jardim do russo.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Queiroz não é a Galvão.

Queiroz desfaz tese de perseguição e bandeira anticorrupção (por João Bosco)

À investigação deflagrada nesta terça (16), por ordem do Supremo Tribunal Federal, a mais ampla já ocorrida contra a base de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, soma-se a prisão de Fabrício Queiroz, o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, que aumenta a temperatura política no seu grau mais elevado até agora.

Não é possível ainda avaliar, de forma isolada, a extensão da prisão de Queiroz. Ela precisa ser olhada no contexto de crise em que a reação do presidente da República poderá determinar a velocidade de seu desfecho.

É possível afirmar que o presidente hoje é um homem atormentado pelas consequências do conflito institucional que, em grande medida, deflagrou para evitar que sua família fosse atingida pelas investigações. Era, no entanto, uma questão de tempo para que o tumor representado pelo mandato estadual de Flávio Bolsonaro fosse alcançado.

Com a prisão de Queiroz, sob a suspeita de comandar a “rachadinha” em parceria com Flávio Bolsonaro, o governo vê ruir a bandeira do combate à corrupção, principal fator da vitória eleitoral e da fidelidade de uma base que ainda vinha mantendo apoio, embora em clara desidratação.

O enredo, em tese, explica a saída de Sérgio Moro com a queixa principal de não ter recebido apoio do presidente às medidas anticorrupção que propôs no seu curto mandato como Ministro da Justiça. Com a chegada do Centrão, representado por parlamentares igualmente identificados com a corrupção – alguns ex-presidiários -, Moro viu se extinguir qualquer perspectiva que ainda pudesse alimentar em relação ao principal objetivo de sua permanência no governo.

A presença constante no Palácio do Planalto do advogado Frederick Wassef, em cuja casa se escondia Queiroz, é de difícil defesa. Além de participar de diversos eventos oficiais, como na quarta-feira (16) na posse do novo ministro das Comunicações, Fábio Faria, o advogado de Flávio Bolsonaro esteve há 20 dias no Planalto em audiência com o presidente da República.

Esvazia-se assim a narrativa de perseguição política movida contra o Supremo Tribunal Federal (STF), na medida em que a polícia civil de outro Estado conduz uma operação completamente apartada do contexto da crise institucional em curso em Brasília.

Trata-se de uma ação policial, autorizada pela Justiça, em busca de um foragido encontrado na casa do advogado contratado pela família do presidente e que com ele se encontra frequentemente.

O esvaziamento da narrativa de perseguição, por sua vez, coloca os militares, hoje confundidos com o governo, em posição mais incômoda do que já estavam. O apoio ao presidente, agora, não se restringe mais apenas contra o STF. O abraço das Forças Armadas com Bolsonaro terá de ser mais apertado se quiserem prosseguir em sua defesa incondicional.

O mais provável é que a maioria silenciosa do oficialato, onde figura o comandante do Exército, general Edson Pujol, ganhe oxigênio para aumentar a pressão para que as Forças Armadas se comportem como instituição de Estado – e não de governo.

É possível que o presidente da República esteja no momento de maior isolamento político. O processo de deterioração está avançado. A desconfiança e hostilidade semeadas por Bolsonaro contra o Judiciário e o Legislativo o faz um presidente que queimou as pontes às quais poderia recorrer em momentos de maior instabilidade.

É importante entender esses acontecimentos como parte de um processo que começa a ter na descontinuidade do mandato presidencial um dos seus fechos possíveis.

https://veja.abril.com.br/blog/noblat/queiroz-desfaz-tese-de-perseguicao-e-bandeira-anticorrupcao-joao-bosco/

(João Bosco Rabello é jornalista profissional há 40 anos em Brasília e sócio-editor do site Capital Político –capitalpolitico.info)

terça-feira, 21 de abril de 2020

Previsão Covid

Nossa previsão

Odilon Gomes


Joaniro Amancio.


Odilon.: Daqui trinta dias não teremos mais vírus chinês à exaustão, o número de mortos será imensamente inferior ao previsto (o Brasil é diferente da Itália, Portugal, Estados Unidos etc, tanto no clima, sistema de saúde, geografia, população...), o país estará em situação econômica muito confusa e ruim, beirando, só beirando a recessão (mas a imprensa/midia fazendo bem seu papel de aterrorizar).

Joaniro.: O virus não é chinês veio para o Brasil da Itália,  então ele se modificou.


O número de mortes será o maior do planeta independente de clima sistema de saúde ou qualquer outra coisa, porque o virus ataca o ser humano não o pais, e pelo que sei o aer humano é igual no planeta se for diferente não é humano.


O país vai estar quebrado quando o virus se for, por causa da incompatibilidade e incompetência  dos políticos governantes.

Odilon.: porém, como o brasileiro é um "puta" povo criativo e disposto, somado ao excelente Governo Federal que temos (como nunca antes na história de fato), daqui um ano, estaremos todos, o país, caminhando ascendentemente bem.

Joaniro.: somos sim criativos isso não é do brasileiro é do ser humano,  e o governo federal é apenas outro qualquer sem nenhuma diferenças de governos anteriores. E vamos estar recomeçando do nada é uma nova chance que esta sendo dada ao planeta aos humanos.

Odilon.: Importante ressaltar, todo esse acontecimento que o vírus chinês promoveu/reafirmou o seguinte: É mais importante atacar/sacanear o governo Bolsonaro do que livrar pessoas da morte, a maioria dos governadores e muitos prefeitos são pilantras, os responsáveis pela Câmara e Senado Federal, são criminosos, com folha corrida inclusive, que o STF e Judiciário de forma geral são advogados de bandidos, e que esse momento de aconchego e reflexão passou batido, e todos estão de forma geral diferentes do mesmo jeito.


Joaniro.: Bolsonaro não esta ajudando ninguém está atrasado com a ajuda financeira e equipamentos de proteção e prevenção,  concordo que não alguns prefeitos mas todos políticos o são (pilantras corruptos) e o que passa batido é que estas brigas entre imprensa político e povo só vai agravar aumentar os mortos e feridos.

Odilon.: E Bolsonaro continuará incansavelmente sua limpeza do pais e melhorando o Brasil e as coisas para todos.

Joaniro. : sim Bolsonaro continuará sendo quem é fazendo o que faz nada para o todo e tudo para os seus e os que o cercam e serve, nem para seus eleitores ele faz, porque o seu estado é um dos piores em tudo que depende das instituições.

À parte tudo isso, meus bons sentimentos à todos que infelizmente estão tendo perdas. Avante Brasil.

Brasil um País dos Ricos para os ricos.

#MorteAosPoliticosCorruptos


Isolamento social

Entenda.

Não são as emissoras (Globo, SBT, Record, etc) que determinaram a quarentena, muito menos as informações por elas reportadas que estão aumentando os casos de infectados!!! 🙅 Parem de achar que tudo é culpa de notícias, de partidos políticos, dos governantes, do fulano, do ciclano. Temos que aprender a ter visão holística e filtrar as informações que invadem as redes sociais.

Para quem está comparando a mortalidade do coronavírus com sarampo, H1N1, dengue, malária, aids, (até com a fome, miséria e desigualdade) etc., por ignorância ou má fé, reflita sobre o seguinte...

O isolamento ou distanciamento social (quarentena) não é pela saúde, não é pelo contágio, não é pelo número de mortes. 

A quarentena é por causa da VELOCIDADE!

Nenhuma dessas doenças ou situações matou mais de mil pessoas POR DIA, todo dia.

E a quarentena NÃO É por causa da quantidade de mortos.

Entendam...
A quarentena é por causa da quantidade de leitos, médicos, equipamentos e remédios!
Se não nos isolarmos, teremos o colapso do atendimento e muitas pessoas terão que morrer em casa, sem atendimento. E vão morrer de sarampo, H1N1, dengue, malária, aids, câncer, infarto, coronavirus, etc. POIS NÃO VAI TER LEITO PARA ATENDER ESSAS PESSOAS NO HOSPITAL.

Obs.: já não tem luvas, máscaras descartáveis estão sendo reaproveitadas, não tem  papéis toalha, etc. O básico do básico já não tem, isso que no Brasil nem começou.

A quarentena é para DESACELERAR a velocidade das contaminações!!! 
Parem de comparar. Busquem informações sérias, sem paixões, adorações, fanatismo, e opções  partidárias.

Vai afetar a economia? Vai
 Mas falido se recupera, falecido não!!!