sexta-feira, 27 de maio de 2016

Denuncia contra lula - obstrução a justiça

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O Jornal Nacional teve acesso à denúncia da Procuradoria Geral da República contra o ex-presidente Lula. Ele é acusado de obstrução à justiça no caso da Lava Jato que envolve o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Quem mostra é a repórter Camila Bomfim.
A Procuradoria-Geral da República partiu das delações do ex-senador Delcidio do Amaral e de seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, para buscar provas materiais, como extratos bancários, telefônicos, passagens aéreas e diárias de hotéis. E chegou à conclusão de que eles se juntaram ao ex-presidente Lula, ao amigo dele e pecuarista, José Carlos Bumlai, e o filho, Maurício Bumlai, e atuaram para comprar por R$ 250 mil o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O Jornal Nacional teve acesso à íntegra da denúncia da Procuradoria-Geral da República.
O primeiro pagamento, de R$ 50 mil, foi feito por Delcidio, em maio de 2015. Ele recebeu o dinheiro de Maurício Bumlai num almoço. A quebra de sigilo mostra que Maurício Bumlai fez dois saques de R$ 25 mil dias antes.
A operação foi em uma agência bancária da Rua Tutóia, São Paulo, cidade onde ocorreu o repasse dos valores a Delcídio do Amaral.
Segundo a denúncia, o ex-chefe de gabinete de Delcidio, Diogo Ferreira, fez os pagamentos que restavam em outras quatro datas entre junho e setembro de 2015, sempre recebendo o dinheiro sacado por Bumlai na agência da Rua Tutóia, conforme os extratos bancários.
A denúncia detalha a participação do ex-presidente no planejamento desses repasses. A Lava Jato quebrou o sigilo de e-mails do Instituto Lula e comprovou que Lula e Delcidio se reuniram cinco vezes entre abril e agosto de 2015, ou seja, antes e durante as tratativas e os pagamentos pelo silêncio de Nestor Cerveró.
Uma das reuniões foi no Instituto Lula, no dia 8 de maio, dias antes de Delcídio fazer o primeiro pagamento.
Delcídio afirmou em delação premiada que, no encontro, o ex-presidente expressou grande preocupação de que José Carlos Bumlai pudesse ser preso por causa de delações na Lava Jato, e que Bumlai precisava ser ajudado.
Segundo Delcidio, o motivo para intervenção na delação de Cerveró era evitar que viessem à tona fatos supostamente ilícitos envolvendo ele mesmo, José Carlos Bumlai e Lula.
A PGR também aponta como provas telefonemas entre Lula e José Carlos Bumlai como no dia 7 de abril, um mês antes dos pagamentos - Lula e Bumlai se falaram quatro vezes. E no dia 23 de maio, um dia depois do primeiro pagamento, Lula ligou para José Carlos Bumlai. Conversaram duas vezes nesse dia.
No final da denúncia, a Procuradoria conclui que Lula “impediu e ou embaraçou investigação criminal que envolve organização criminosa, ocupando papel central, determinando e dirigindo a atividade criminosa praticada por Delcídio do Amaral, André Santos Esteves, Edson de Siqueira Ribeiro, Diogo Ferreira Rodrigues, José Carlos Bumlai, e Maurício de Barros Bumlai”, e pede a condenação dos denunciados por obstrução da Justiça.
Em nota, o Instituto Lula declarou que, no depoimento à Procuradoria Geral da República, o ex-presidente já esclareceu que jamais conversou com o ex-senador Delcídio do Amaral com o objetivo de interferir na conduta do condenado Nestor Cerveró ou em qualquer outro assunto relativo à Operação Lava Jato.  

A defesa de José Carlos Bumlai negou as acusações. Afirmou que ele nunca pagou qualquer valor a Cerveró. E que o ex-senador Delcídio do Amaral está vendendo informações falsas em troca da liberdade.

Os advogados de Maurício Bumlai só vão comentar depois de ter acesso à denúncia inteira.

A defesa de Diogo Ferreira confirmou os pagamentos, mas disse que foram feitos a mando do ex-senador Delcídio do Amaral.

O advogado de Edson Ribeiro declarou que ele sequer conhece Lula e Bumlai, e jamais participou de qualquer ato de obstrução à Justiça.

A defesa de André Esteves declarou que ele não cometeu nenhuma irregularidade.

O JN não teve resposta dos advogados de Delcídio do Amaral.

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